Phasing-out no Japão

Um acontecimento quase histórico que ocorreu nos últimos dias e que passou um pouco despercebido foi o fecho da ultima central nuclear que continuava a produzir energia elétrica no japão.
Isto quer dizer que pela primeira vez nos últimos 40 anos o japão não usa o nuclear no seu mix energético. Este é um resultado direto do evento improvável mas real do terramoto seguido de maremoto que ocorreu o ano passado.
Mas o que eu acho verdadeiramente interessante é perceber que foi possivel substituir em pouco mais de um ano cerca de 20% da produção total de energia para outras formas de produção. Não consegui encontrar indicadores sobre como foi feita essa substituição ou sequer se tiveram que repor toda essa capacidade ou se conseguiram reduzir o consumo mas que esta é uma oportunidade para que outras formas de produção elétrica sejam exploradas lá isso é.

Alguns factoides só como curiosidade:

– o nuclear contribuiu durante algum tempo com cerca de 30% da energia elétrica no japão sendo que no fim de 2011 ainda representava 18%;
– em frança onde o nuclear corresponde a 77% da produção elétrica, françois holland comprometeu-se a reduzir para 50% até 2025;
– o único reator em construção nos eua, Watts Bar 2 em tenesse conmeçou a ser consrtruido em 1972. em abril de 2012 foi definida como data de arranque algures em 2015;
– a idade média das centrais em atividade é de 27 anos;
– “Nuclear costs would be even more prohibitive if the damages for which nuclear utilities were liable in case of a meltdown were in line with realistic estimates of potencial harm. In the United States, nuclear plant operators pay into a $12 billion fund that would be used in caso of an accident. But an estimate from Sandia Natural Laboratory indicates that a worst-case incident could cost more than $700 billion.”
Baseado na artigo “Fukushima Meltdown Hastens Decline of Nuclear Power

(publicado inicialmente em http://aventar.eu/2012/05/25/decisoes-nucleares/)


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Comentários

Um comentário a “Phasing-out no Japão”

  1. Avatar de nuno gouveia

    A energia nuclear tem uma vantagem muito negligenciada em relação às formas tradicionais com alto impacto ambiental: é causa de grande “stress” no ser humano. Em Chernobyl, os gamos, os ratos, pássaros e insectos vivem tranquilamente, indiferentes à potencial agressões à sua genética, já o Homem não. É bem feito! Por esta e só esta razão eu deixei de ser anti-nuclear para aceitar a presença deste tipo de centrais no meu “backyard”. Venham elas, nós merecemos! E digo isto seriamente. Abraço.

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