Um dos termos com que me cruzei nos últimos tempo foi o “Currency Carry Trade” normalmente no contexto da desvalorização das moedas de alguns países em desenvolvimento.
A ideia base é usar uma moeda que tem associada uma taxa de juro baixo e converter essa moeda numa outra com uma taxa de juro alta de forma a aproveitar as diferenças das taxas de juro entre países.
O objectivo é maximizar o lucro obtido com a mesma quantidade de dinheiro. Ou seja, em vez de usar por exemplo 1000€ para investir num deposito a prazo ou obrigação de tesouro na Europa que iria render provavelmente uns 3%/4% ano, porque não pegar nesses mesmos 1000€, trocá-los por exemplo por reais e comprar o equivalente no Brasil que tem taxas bastanre superiores.
O principal risco aqui é a moeda de juro alto depreciar-se rapidamente já que desta forma os ganhos obtidos passam na verdade a valer menos na moeda base. Percebe-se então que a atravidade do carry-trade dependa não só do diferencial de juros, mas também da volatilidade cambial.
Fica então explicado em parte porque razão se deu uma depreciação acentuada de algumas moedas nestes tempos de incerteza e a consequente apreciação de outras, nomeadamente o iene pela via da liquidação de investimentos em moedas fracas e repatriamento do dinheiro para a sua moeda base.
Entretanto fiquei também a saber que existe isto.
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