Proletários intelectuais

Proletários intelectuais foi o que José Manuel Pureza chamou aos bolseiros de investigação em Portugal.

De facto, tendo em conta que um bolseiro de doutoramento recebe menos de 1000€ e um de pos-doutoramente menos de 1500€, que não têm férias (quer dizer… sempre terão uns diazitos entre o fim de um contrato e o inicio de outro), mas não têm subsidio de férias e imagino que não terão subsidio de desemprego, não se pode dizer que tratemos de forma conveniente aqueles que provavelmente serão dos recursos humanos mais qualificados do país.

O que eu me questiono mesmo é se vale a pena investir um euro sequer nestes recursos? Se é para depois de acabar o ciclo mestrado / doutoramento / pos-doutoramente mandar esses recursos ir dar uma volta, mais vale po-los logo no desemprego quando têm 20 anos ja que terão mais facilidades a arranjar trabalho do que com 30/35 quando já forem uns velhos sobrequalificados para qualquer trabalho.


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